quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Melancolia no Maracanã

A atmosfera dentro de campo estava perfeita para o fim do jejum de 18 anos sem o Flamengo ganhar um título internacional. Mas.....

No primeiro tempo, um jogo bem equilibrado em que o Flamengo, por precisar da vitória, saiu mais para o jogo. Com Lucas Paquetá no lugar de Everton Ribeiro, o time rubro-negro criava mais com boa movimentação do garoto. E Everton poderia ter aberto o placar logo no início, mas perdeu chance incrível e chutou em cima do goleiro. Gol que faria falta.

Após tentativa de infiltrações, o Flamengo achou o gol na bola parada. Diego cobra falta, Juan resvala, Réver toca para dentro da área, e Paquetá empurra para o gol.

Porém, a alegria durou menos de dez minutos, Cuellar provoca um pênalti até meio infantil, e polêmico, e Barco empatou.

Na volta do intervalo, Paquetá fez grande arrancada e, aos trancos e barrancos, girou no choão para chutar, mas o goleiro pegou. Mas, diferente do primeiro tempo, o Flamengo se desestruturou na etapa final, principalmente, após a entrada de Vinícius Jr para a saída de Trauco. A partir daí, o rubro-negro não se encontrou mais.  Se Rueda vinha bem, nesse ponto, sua alteração ele desarrumou o time. Everton Ribeiro e Lincoln também entraram, mas não deram certo.

Em uma jogada perdida por Réver, Giglioti tocou por cime de César, e Juan salvou um gol certo. Em nova jogada aérea, Réver teve a chance de ampliar para o Flamengo, mas perdeu o gol. Gigliotti teve outra grande chance, mas chutou para fora. Na última chance do jogo, após um bate-rebate, Réver teve outra grande chance de levar o jogo para a prorrogação, mas chutou para longe. Tudo bem que o juiz deveria ter dado muito mais minutos de acréscimo, tanto pela cera quanto pelos atendimentos médicos. Isso no primeiro e no segundo tempos. Pelo menos uns sete, oito minutos ao todo.

Fim de jogo: 1 a 1, e Independiente campeão da Sul-Americana no Maracanã. Assim como foi na Supercopa de 1995: mesmo adversário e mesmo estádio. Méritos para o “Rei de Copas”, equipe organizada que conquistou sua 17ª conquista internacional.

                                          Foto:Twitter oficial da TV FoxSports 

Fica a lição para o Flamengo. Um time caro, que sofreu por falta de um planejamento melhor. Perdeu a Copa do Brasil por falta de bom goleiro. Perdeu a Sul-Americana por falta de jogadores que decidam. Everton Ribeiro e Diego não justificaram seus investimentos neste ano, assim como Geuvânio. Vizeu ainda é muito cru (que falta fez Guerrero!). 

Uns dos problemas são as laterais. Trauco (que hoje foi razoável, mas vinha muito mal) e Pará não acrescentaram em nada, pois não marcam e não atacam. William Arão erra muito na saída de bola. Houve méritos para o goleiro César (por que ele não entrou na Copa do Brasil???), a dupla de zaga, que, mesmo com idade mais avançada, se mostrou segura, e Lucas Paquetá: o menino foi um gigante nos últimos jogos.

Rueda, que acho que foi meio infeliz hoje, tem plenas condições de mudar a equipe no próximo ano. Mas mudanças profundas precisam ser feitas, desde uma barca de dispensas (não falta gente) à mudança de pensamento. O Flamengo precisa se organizar dentro de campo e fora dele, caso contrário, 2018 pode ser igual a 2017: milhões de reais gastos, com resultado melancólico!


P.S: O Flamengo perdeu título, e levou consigo as classificações de Vasco, Atlético-MG e Sport. 

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Ainda dá, Flamengo! Mas é preciso ter 11 jogadores em campo....

O Flamengo iniciou o jogo da final da Sul-Americana contra o Independiente até de maneira animadora. Trocando passes, girando o jogo e travando o time argentino. Aos 10 minutos, Réver aproveitou falta cobrada por Trauco (a única coisa que o lateral acertou no jogo) e abriu o placar. Parecia no caminho certo. Mas só parecia.

Após o susto, o time argentino se encontrou em campo e passou a tomar conta do jogo. Descobriu que do lado esquerdo da defesa flamenguista, onde estava Trauco, era o caminho do outro. Benitez e outros jogadores ganhavam praticamente todas em cima do peruano, que, além de não ter ninguém para ajudá-lo, ainda estava mais perdido na marcação.

Do lado direito rubro-negro, a situação não era diferente. Pará não marcava e não subia, e Everton Ribeiro continua uma peça nula, como nos jogos anteriores. A mais cara contratação do Flamengo do ano ainda não justificou os R$ 23 milhões investidos. Errou tudo o que podia e o que não podia. Após perder a bola, originou contra-ataque do Independiente, que chegou rápido à frente e empatou com Gigliotti. A pressão argentina continuou até o fim do primeiro tempo, e o empate ficou de bom tamanho para o rubro-negro.

Na volta do intervalo, esperava-se um Flamengo diferente. Rueda, por incrível por pareça, não mudou o time, e viu a equipe brasileira não acertar nada. William Arão errava passes igual criança em primeiro treino da vida com bola. Até que, em boa trama em cima de Pará e Araão, o Independiente virou a partida, com um golaço de Meza, pegando de primeira na entrada da área.

Depois do leite derramado, Rueda resolveu mudar, enfim, e colocou Everton no lugar de Paquetá, que não estava nos melhores dias, mas tentava. Depois, tirou Diego para colocar Vinícius Jr, deixando em campo um nulo Everton Ribeiro. O time rubro-negro até pressionou nos minutos finais, mas não obteve sucesso.

                                          Foto: Twitter Oficial do Flamengo / Reprodução

Assim, o Independiente leva a vantagem para o jogo final, precisando apenas de um empate para ser campeão. O Flamengo tem condições de vencer o próximo jogo, no Maracanã, e sagrar-se campeão, afinal, uma vitória simples vai para a prorrogação (e até pênaltis), e por dois gols, leva a taça.

Mas, diferente do que aconteceu na argentina, terá que entrar em campo com 11 jogadores, e não com apenas sete, como aconteceu na Argentina, já que Arão, Trauco, Pará e Everton Ribeiro foram nulos, muito, mas muito abaixo.

Rueda, porém, precisa ver um pouco melhor. Everton Ribeiro, Arão, Pará e Trauco não fluíram (pelo contrário!!!), mas continuaram em campo sem rendimento. E o técnico rubro-negro não fez a terceira alteração, mesmo com o time necessitando de algo diferente.

De todo modo, a primeira partida da final foi um bom jogo de se vê. Sem catimba, confusão, truncado. Bela partida. De bom agrado. Dá para ganhar, Flamengo mas é preciso ter 11 em campo.

E a arbitragem? Muito boa!!! 

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

No sufoco, na raça.... e nas mãos de César!

O placar agregado de 4 a 1 dá uma sensação de que foi fácil. Mas não foi. O Flamengo eliminou o Junior Barranquilla com duas vitórias (2-1 em casa e 2-0 fora), na Sul-Americana, não jogando um futebol vistoso, mas com muita raça e, de certa maneira, eficiente.

Esse segundo jogo então, foi, como diria Galvão, um “teste para cardíaco”. César entrou para ser titular no lugar de Alex Muralha (ainda bem!). No primeiro tempo, o time carioca teve uma boa jogada apenas, com Vizeu completando cruzamento e parando no goleiro. O Junior tocava mais a bola, fazia pressão, mas de maneira meio desordenada. César defendeu uma cobrança de falta difícil no início e já demonstrou segurança.

Na segunda etapa, o Flamengo voltou melhor. Apesar de os seus dois principais jogadores estarem muito, muito abaixo do normal (Diego e Everton Ribeiro, principalmente), o time suportava. E num lance isolado, Vizeu driblou o zagueiro, arrancou 52 metros e tocou debaixo das pernas do goleiro para abrir o placar.

Depois disso, o Junior buscou pressionar. Juan, um monstro na zaga, mostra-se cada vez maior na área defensiva. O Flamengo não conseguia puxar o ataque, Diego não criava, Everton Ribeiro perdia tudo. Sobrava para Paquetá, que correu para si e para seus dois companheiros. Até que veio momentos de tensão. César começou a sentir câimbras. A cada jogada, era um “deus nos acuda”.

Até que aos 42 minutos, veio a maior tensão. Pênalti para o Júnior, em lance bem duvidoso (houve outros dois que o juiz não marcou!). Chará, o jogador que deixava a zaga rubro-negra maluca na marcação, bateu forte. Mas lá estava... César! Mesmo sentindo, machucado, ele defendeu o pênalti. E ainda fez outra grande defesa no lance seguinte.

                                          Foto: Twitter oficial do Flamengo / Reprodução

Na saída do ataque, Rodinei recebeu de Diego, que cobrou falta rápida, e cruzou para Vizeu marcar o segundo dele e liquidar o Flamengo. Agora, a final é contra o Independiente, da Argentina. Os times revivem a final da Supercopa, de 1995. Lá, deu o "Rei de Copas". Agora.....

As partidas contra o Junior mostraram um Flamengo longe do futebol primoroso, mas uma raça e vontade que andavam sumidas da Gávea e que parece que estão retornando. É a chance de acabar com o jejum de 18 anos sem título internacional (o último, foi a Mercosul, em 1999, antecessora da Sul-Americana).

Na Colômbia, Vizeu fez o se espera de um atacante. Paquetá e Juan jogaram muito. Mas César foi fenomenal. César, César e César!!!!


P.S: Reinaldo Rueda, não demore demais para fazer as substituições. Isso quase mata a torcida! 

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

O dono da América. Pela terceira vez!!!

Os primeiros 45 minutos nem pareciam uma final de Libertadores da América. Quer dizer, parecia, de fora de campo. Fogos de artifício, jogadores do Lanús chegando de vans no estádio (o motorista do ônibus do time passou mal), expectativa de jogo truncado, mordido, de catimba...

Mas, dentro de campo, o Grêmio tratou logo de modificar isso. Com um primeiro tempo irretocável, o tricolor se impôs de tal maneira e liquidou a partida nos primeiros 45 minutos. E ficou com o tricampeonato da Libertadores da América. O time gaúcho se torna o maior campeão do Brasil no torneio, ao lado de Santos e São Paulo.

Com uma tranquilidade que não teve no primeiro jogo, em Porto Alegre, os comandados de Renato Gaúcho (primeiro brasileiro campeão da Liberta como jogador e técnico) não deixaram o Lanús jogar. Aliás, o time argentino nem parecia aquele da primeira etapa da semana passada. Nenhuma jogada fluída. Já as do Grêmio...

Em roubada de bola, Fernandinho engatou a quinta marcha, deixou os adversários para trás e chutou forte para fazer 1 a 0, aos 27 minutos. Aos 41, Luan driblou toda a zaga e tocou por cima do goleiro para fazer um golaço! Pronto, ao fim da primeira etapa, parecia que era o Grêmio que jogava em seus domínios.

Na segunda etapa, o Lanús veio diferente. Logo no início, teve grande chance para diminuir, mas a bola chutada por Sand foi para fora. O time brasileiro já não chegava ao ataque como antes, e a equipe argentina tentava pressionar, mas sem grande sucesso. Até que aos 27, Sand diminuiu o placar em cobrança de pênalti e colocou um pouco mais de emoção na partida. Ramiro ainda foi expulso, mas de nada adiantou. A taça mais cobiçada do continente era do time brasileiro. E com duas vitórias nas finais: 3 a 1 agregado.

                                             Foto: Twitter oficial do Grêmio/ Reprodução

Título mais que merecido, a atenção gremista agora de se volta para a disputa do Mundial de Clube, onde buscará o bicampeonato. Será bem mais difícil, é claro, afinal, o provável adversário de uma final será o todo-poderoso Real Madri de Zidane, Cristiano Ronaldo e companhia. Mas não duvidemos do Grêmio de Renato Gaúcho (que grande trabalho, hein?!!!), Luan, Geromel, Marcelo Grohe (gigante!), Ramiro, Arthur e companhia.

Valeu Grêmio, trouxe a Libertadores para o Brasil após um jejum de quatro anos (a última foi em 2013, com o Atlético-MG) e mostrou que trabalho que aproveita os talentos dos pratas da casa, esquema de jogo bem definido e ambição e garra dentro de campo dá resultados.

O Grêmio foi Tri da Libertadores. E, para completar, com um baile no jogo derradeiro contra os argentinos e em território adversário. Aí, é melhor ainda. Valeu, Grêmio!!!

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

O gol salvador

O Grêmio venceu a primeira partida da final da Copa Libertadores, por 1 a 0, contra o Lanús, em Porto Alegre. Não foi um primor de jogo, mas foi uma partida digna de final: truncada, nervosa. E o time brasileiro constrói a vantagem para o confronto derradeiro, na Argentina, na próxima semana.  Mesmo que seja uma vantagem mínima.

O primeiro tempo foi meio devagar. O tricolor gaúcho entrou nervoso, e o Lanús procurou parar a pressão gremista, tocando a bola sem pressa, voltando muitas vezes a bola para o goleiro. E assustou duas vezes. Marcelo Grohe fez duas grandes defesas na primeira etapa e mostrou, mais uma vez, o porquê da sua importância em campo. Se não fosse ele, o intervalo tricolor poderia ser pior...

Na segunda etapa, o Grêmio retornou mais ávido pelo jogo. Atacou mais. Cortez chutou forte da entrada da área e obrigou o arqueiro adversário a fazer grande defesa. O brasileiro mostrava mais vontade, porém, isso não se transformava em chances claras de gol.

Renato Gaúcho, então, fez as três substituições, e duas deles tiveram participação decisiva no gol. Aos 39 minutos, Edilson fez bom lançamento, Jael ajeitou de cabeça, e Cícero – como elemento surpresa – completou para o gol na saída do goleiro. Esses dois últimos jogadores entraram no decorrer do jogo. Além disso, houve um pênalti reclamado pelo time brasileiro que o árbitro não marcou. Se fosse assinalado, a história do próximo jogo seria outra.

                                                 Foto: Twitter oficial do Grêmio / Reprodução

A vitória é pelo placar mínimo, mas é uma vantagem. O Grêmio não poderá entrar na catimba argentina em solo estrangeiro, como aconteceu na primeira partida e, principalmente, nos últimos minutos do jogo. O Lanús já mostrou que é perigoso em casa (vide a partida da semifinal contra o River Plate).

O Grêmio mostrou mais uma vez que é copeiro. Em sua quinta final de Libertadores, o Imortal está com um pedaço da taça na mão. Se não sofrer gol, será tricampeão da Libertadores. Esse é o objetivo e, se mantiver a seriedade, ele será alcançado. O time com o futebol mais bem jogado no ano no Brasil está perto do maior título das Américas.


Vamos, Grêmio!!!! 

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

O campeão incontestável

Demorou 35 rodadas para o Corinthians confirmar o título do Campeonato Brasileiro de 2017. Sim, pois desde a metade do primeiro turno do torneio já se desenhava que a taça tinha grandes chances de ficar no Parque São Jorge. A quarta na era dos pontos corridos – o que faz o Timão o maior campeão Brasileiro nesse tipo de disputa (deixou para trás São Paulo e Cruzeiro, que têm três títulos cada um nos pontos corridos): 2005, 2011, 2015 e 2017.

A equipe paulista assumiu a liderança na quinta rodada e lá se manteve desde então. Não há como dizer, portanto, que a taça não foi merecida. Ao fim do primeiro turno, o Timão somava incríveis 47 pontos (a melhor campanha da história do Nacional com 20 clubes). Quando começou o segundo turno, o time oscilou bastante: somou 24 pontos em 16 partidas. Mas nem os altos e baixos do Corinthians tiraram o título das mãos dos paulistas.

No jogo que sacramentou a taça, vitória maiúscula sobre o Fluminense: 3 a 1. Em um primeiro tempo bem abaixo da expectativa – o Flu abriu o placar a 1 minuto de jogo, com o zagueiro Henrique –, o Timão voltou outro para a etapa final. Em três minutos, Jô marcou duas vezes e virou a partida (até o momento, artilheiro do Nacional, com 18 gols), e Jadson marcou o terceiro.

Para quem iniciou o ano como a “quarta força” do futebol paulista, 2017 não poderia terminar melhor para o Timão: campeão estadual e nacional. Título incontestável do Corinthians. A equipe de Fábio Carille – ótimo trabalho do técnico –, sem grandes investimentos como seus adversários (Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG, por exemplo), mostrou que, quando bem treinado, o resultado aparece. Todos se ajudaram e foram ajudados. 

                                           Foto: Twitter oficial do Corinthians / Reprodução

Agora, o Brasileiro de 2017 – que, digamos, já se previa quem seria campeão já em agosto – se volta para as emoções de quem irá para a Libertadores – ainda restam pelo menos três vagas – e quem irá para a Séria B: restam três lugares.


O Brasileirão termina com o campeão incontestável. O problema é que, mesmo com possibilidade de o título sair contra o Flu (e aconteceu!), a taça do Brasileirão não foi para a Arena em Itaquera. Lamentável!!!

P.S: com o sétimo título, o Timão se torna o terceiro maior campeão do Brasileiro desde que os títulos foram unificados (1959) e o maior campeão desde 1971, com o seu primeiro título em 1990. Além disso, a equipe paulista, somando Brasileiros e Copas do Brasil, soma dez títulos nacionais, sendo a segunda com mais taças nacionais no país, atrás apenas do Palmeiras, que tem 12, e deixando para trás Santos e Flamengo, que ficaram com nove.


Parabéns ao Timão! Quem ganha o Brasileiro com três rodadas antes do fim do campeonato e dez pontos de vantagens...é mais que merecido!!!!

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Flamengo elimina o Fluminense em jogo tenso

No Fla-Flu que culminou com a classificação do Flamengo para a semifinal da Copa Sul-Americana – empate em 3 a 3 e vitória por 1 a 0 no primeiro jogo – expôs mais uma vez as fragilidades das duas equipes. O que diferenciou foi o elenco do rubro-negro que, mesmo contestado – e com razão! – tem jogadores com mais possibilidade de decisão.

Foi um jogo nervoso, com divididas bem ríspidas e provocações em campo de lado a lado. Em desvantagem, o Fluminense abriu o placar aos 2 minutos de jogo com Lucas, que ficou livre na direita, lugar onde Trauco deveria estar e não estava. Sete minutos depois, Diego, em bela cobrança de falta, empatou. A partir daí, o Flu achou dois gols de bola na área, ambos com Renato Chaves. Vizeu e Arão perderam no alto para o tricolor, e Fla tomou os gols. Aliás, bola na área do Fla é um “Deus nos acuda”.

No segundo tempo, após o Fluminense marcar o terceiro gol, o jeito era o Flamengo partir pra cima. Reinado Rueda acertou ao tirar Trauco, mal de novo, e colocar Vinícius Jr. O garoto incendiou o jogo, indo pra cima dos adversários, coisa que seus companheiros ainda não tinham feito. Iniciou a jogada do segundo gol, que teve passe de calcanhar de Everton Ribeiro (que também vinha mal até esse momento, mas melhorou muito depois disso) para Vizeu marcar.

O gol mudou a partida. O tricolor perdeu Marcos Júnior e a força do contra-ataque. Recuou demais. O Flamengo continuava em cima. Vinícius Jr. sofreu falta. Pará cobrou, e Arão se antecipou para empatar. O quarto gol no jogo de bola parada. No fim, classificação rubro-negra.

         Vinícius foi um dos destaques da partida / Foto: Twitter oficial do Flamengo/ Reprodução

O Flamengo mereceu? Sim! Mas Rueda ainda tem muito trabalho. O time não inspira muita confiança e padrão. Os laterais estão falhando muito, tanto no ataque quanto na defesa. Vinícius e Paquetá não podem ser banco, pelo menos, para mim . Pelo menos, uma coisa mudou em relação aos últimos jogos: depois de tantas críticas da torcida, os jogadores demonstram em campo uma raça e vontade que não vinham demonstrando. Hoje, foi no sufoco e na raça. Pela folha salarial e elenco que tem, ainda é pouco.


Que a classificação suada seja um divisor de águas nesse Flamengo, que acumula decepções no ano e pode amenizar com o possível título Sul-Americano. 

E o Fluminense, mesmo recuando e com muitas fragilidades, sai de cabeça erguida para lutar contra o rebaixamento no Brasileirão. Se jogar igual hoje, não terá problema ao fim do campeonato.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

A diferença esteve onde todos sabiam: no gol

Os pênaltis decidiram o título da Copa do Brasil para o Cruzeiro sobre o Flamengo. Com 100% de aproveitamento e com Diego perdendo sua cobrança, a equipe celeste chegou ao pentacampeonato da Copa do Brasil, igualando-se ao Grêmio em número de conquistas. Merecido!

O que quase todos esperavam aconteceu. Se a decisão fosse para os pênaltis, a diferença estaria no gol. E ela foi feita. Fábio defendeu cobrança de Diego. Já Muralha, contestado por suas falhas, não conseguiu defender nenhuma e só acertou o lado de uma batida. Aliás, o goleiro só defendeu duas cobranças das 23 que foram batidas contra ele desde 2015.

Diego, o jogador mais inteligente do Flamengo, perdeu seu cobrança (já havia perdido contra o Palmeiras, pelo Brasileiro) e também teve sua parcela de culpa.

De toda forma, foi merecido o título cruzeirense, e quem é campeão sempre merece. Mesmo com o jogo não sendo um primor para os olhos (assim como na partida do Maracanã). No primeiro tempo, Guerrero acertou o travessão. Arrascaeta e Thiago Neves tiveram suas chances, mas não aproveitaram. Jogo truncado.

Na etapa final, o Cruzeiro veio com Rafinha e foi mais para cima, pressionando o Flamengo. O time carioca não tinha domínio no meio campo, com as linhas espaçadas. O time celeste teve a grande chance  de marcar com Arrascaeta. Muralha falhou feio em bola na área e no rebote e jogou a bola na cabeça do uruguaio, que perdeu incrivelmente. 

Já aos 43 minutos, Guerrero fez jogada individual e chutou forte, mas parou em excepcional defesa de Fábio, que tinha sido o principal jogador do primeiro jogo, no Rio, com grandes defesas. Aliás, no confronto de iguais nesta final, a diferença para o título esteve no gol, tanto no Maracanã (onde Thiago falhou no gol celeste) quanto no Mineirão. Assim como quase todos previam. 


                                              Fonte: Reprodução/ Twitter do SporTV

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Hora da grande decisão da Copa do Brasil

Chegou a hora da decisão! Flamengo e Cruzeiro estão em fase final de preparação para a grande decisão da Copa do Brasil, a ser realizada nesta quarta-feira, 27, no Mineirão, em Belo Horizonte. Quem vencer, leva. Se empatarem, disputa por pênaltis.

A expectativa é que o jogo seja melhor que o primeiro, no qual vimos um Flamengo mais animado em busca do ataque, mas sem grandes chances de marcar, e um Cruzeiro preocupado em se defender e explorar os contra-ataques.

Na decisão, porém, o cenário deverá ser diferente. Jogando em casa e com apoio da torcida, o time mineiro possivelmente terá mais vontade para atacar, e não pode ser diferente. Resta saber como o Flamengo irá se comportar a essa tendência.

                                          Fábio é um dos candidatos a herói pelo Cruzeiro
                                            Foto: Washington Alves / Light Press / Cruzeiro / Site oficial

Mudanças em relação ao primeiro jogo (que terminou 1 a 1) terão dos dois lados. Na equipe celeste, o atacante Rafael Sóbis não joga, e Mano Menezes pode escalar Raniel ou Arrascaeta. No time rubro-negro, Guerrero volta ao comando do ataque, e a dúvida é se Everton terá realmente condições de jogar. Caso contrário, Gabriel, Vinícius Júnior ou Lucas Paquetá são as opções de Reinaldo Rueda.

Candidatos a herói, há dos dois lados. Fábio, o jogador que mais vestiu a camisa do Cruzeiro na história, é um deles. O goleiro teve ótima atuação no primeiro jogo. Tiago Neves também é outro nome forte.
Já Guerrero e Diego são os maiores nomes pelo lado do Flamengo.

                                           Diego é abraçado por torcedores em viagem a BH
                                             Foto: Reprodução/ Twitter oficial do Flamengo

Juntos, Flamengo e Cruzeiro têm 17 títulos nacionais, e essa conta chegará aos 18. Resta saber se será a nona conquista nacional celeste ou a décima rubro-negra.


É esperar para ver quem vai sair com o segundo título mais importante do futebol brasileiro.

sexta-feira, 8 de setembro de 2017

Com gol irregular e jogo meio fraco, Flamengo e Cruzeiro empatam em final

Com 66 mil pessoas no Maracanã e uma bela festa das torcidas, a primeira parte da final da Copa do Brasil foi um jogo tenso, mas não uma partida vistosa. Flamengo e Cruzeiro ficaram devendo um pouco de futebol. A maioria das chances de gol foi do rubro-negro, que buscou mais o ataque. Mas o jogo terminou em 1 a 1.

Rueda surpreendeu e entrou com Thiago no lugar de Muralha; Márcio Araújo na vaga de Cuellar, e Paquetá foi no lugar de Guerrero. Mano Menezes veio com Rafael Sóbis.

O primeiro tempo não foi grande coisa. O Cruzeiro começou dando a impressão de um domínio maior nos primeiros minutos, mas o Flamengo, em seguida, começou a gostar da partida. Diego fez grande lançamento para William Arão, que não conseguiu cabecear forte. Mesmo assim, exigiu boa defesa de Fábio. Berrío tentou um chute cruzado, sem força, e Diego de fora de área, com o pé direito. Ambos pararam em Fábio. Pelo lado do Flamengo, o goleiro Thiago não foi forçado a combater nenhum perigo nos primeiros 45 minutos.

Na segunda etapa, o jogo melhorou um pouco. Alisson obrigou Thiago a fazer boa defesa, assim como Berrío e Arão obrigaram Fábio a trabalhar bem. Reinaldo Rueda tirou Márcio Araújo e colocou Cuellar. Com isso, o Flamengo melhorou, foi mais para cima com um pouco mais de qualidade. Em cobrança de escanteio, Réver chutou forte, Fábio fez mais um milagre e Lucas Paquetá abriu o placar. O garoto rubro-negro estava ligeiramente à frente no lance, e o gol foi irregular.

Mano Menezes, que armou o Cruzeiro para explorar os contra-ataques, colocou Arrascaeta. O Flamengo continuava a pressionar, e parecia que o segundo gol estava madurando. Porém, após chute de Hudson, Thiago bateu roupa, e o uruguaio entrou livre empatou a partida.

No fim, um 1 a 1 foi meio morno para uma final. Esperava-se mais intensidade e talento. Novo empate, pênaltis. Quem vencer leva o caneco. Sóbis não jogará o jogo derradeiro. Pelo lado do Flamengo, porém, uma boa notícia: Guerrero estará de volta.

De destaque no primeiro jogo, William Arão, que infiltrava bem no ataque e protagonizou os principais lances de perigo do Flamengo. Pelo Cruzeiro, a dupla de zaga – Léo e Murilo – foi muito bem, segura. Porém, os dois jogadores mais talentosos dos times – Diego e Thiago Neves – não brilharam.

No Mineirão, com certeza, Mano Menezes não deverá vir com uma retranca como foi no Maracanã, e o Flamengo terá que enfrentar um time bem armado na defesa, mas que possivelmente terá outra postura no ataque.

Pelo empate conquistado no Rio e por decidir em casa, o resultado no Maracanã foi mais comemorado pelo Cruzeiro que, por isso, acho que possui ligeira vantagem para a volta. O gosto do empate ficou mais amargo para o Flamengo.



                                     Foto: Staff Images / Flamengo/ Reprodução Facebook-Flamengo


P.S: A nota triste foi, mais uma vez, a ação de vândalos. Uns querendo entrar em sem ingresso (será que reclamam da corrupção do país???), outros ficaram sem poder entrar mesmo com os ingressos. Além disso, alguns tentaram pular divisórias, forçar entrada e etc. Houve briga também do lado de fora do estádio. A televisão mostrou a cara de vários deles. O que será feito? Quem será punido? Se houver respostas...

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

A Força do Querer: junção de pontos positivos

Reestreando no blog (que mudou até de endereço), vou começar falando de um assunto que comento muito: televisão. E o assunto é a novela “A Força do Querer”, da Globo.

Sempre gostei de ver novelas e por fazer trabalhos sobre elas, acabei conhecendo um pouco do assunto. Depois de alguns anos, a Globo voltou a fazer uma novela das 9 que caiu na boca do povo. “A Força do Querer”, de Glória Perez, é um exemplo de sucesso como há muito não se via. É a maior audiência do horário desde “Amor à Vida”, de 2013, que eu, particularmente, não gostei.

Pois bem, Glória escreve sua melhor novela, para mim, desde o sucesso “O Clone”. De maneira geral, não me lembro, nas últimas novelas do horário, uma obra tão boa: texto, direção e atuação. Glória e sua equipe reuniram o que faltavam nas últimas novelas: emoção, dramaticidade, ação e comédia. Não há, até agora, enrolação, a famosa “barriga”. Pelo contrário. “A Força do Querer” conseguiu esquematizar bem as tramas e os núcleos para que a novela sempre tenha fôlego e não deixe o telespectador com a sensação “de que nada acontece”. Os personagens são bem delineados, numa junção, como já disse, de texto, direção e atuação. Como reclamar dos dramas e comédias de Bibi, Ritinha, Jeiza, Silvana, Irene, Joyce, Caio, Eurico, Ivana, Aurora, Zeca, Abel, Edinalva, Rubinho, Dita, Elvira e tantos outros bons personagens?


                                            Foto: Fábio Rocha/Reprodução Site Gshow.com

Os bordões caíram na boca do povo também (assim como tinha acontecido em O Clone). Isso ajuda a popularizar a novela e faz uma aproximação maior com o espectador.

A Força do Querer, portanto, é uma ótima novela. Claro, tem alguns pontos falhos, como a falta de uma trama mais consistente para alguns personagens, como Simone, Biga e Dantas, mas no geral, a trama sai, até este momento, com resultado muito positivo.

A prova é a audiência (tem até agora média de 34 pontos, sete a mais que a antecessora e já igual à última novela de Glória, Salve Jorge) e a repercussão da novela, tanto nas esquinas e nas ruas quanto na web.

Ponto para Glória e toda a equipe.


Até mais!!!  

O milagre veio: Flamengo consegue virada histórica e se classifica na Libertadores

O Flamengo de Jorge Jesus precisava de um milagre! E numa noite daquelas no Maracanã,a mística rubro-negra parece ter ressurgido, e o time...