quarta-feira, 31 de julho de 2019

O milagre veio: Flamengo consegue virada histórica e se classifica na Libertadores


O Flamengo de Jorge Jesus precisava de um milagre! E numa noite daquelas no Maracanã,a mística rubro-negra parece ter ressurgido, e o time conseguiu. Eliminou o Emelec e chegou às quartas da Libertadores. 

Depois de inventar na primeira partida no Equador, o técnico do Flamengo mudou a estratégia. E o primeiro tempo foi perfeito. Empurrado por quase 70 mil torcedores, o Flamengo começou a partida marcando em cima do Emelec e criando jogadas. Gabriel teve a chance de abrir o placar antes dos 4 min, mas errou o alvo. Três minutos depois, o juiz marcou pênalti (duvidoso e bem maroto) em Rafinha. O VAR não acionou o juiz de campo. O atacante artilheiro cobrou com categoria e abriu o placar. 

O rubro-negro seguiu pressionado o time adversário e, aos 19, ampliou. Grande jogada de Bruno Henrique, e a bola sobrou para Gabriel ampliar. Aqui cabe um adendo: o atacante, que costumava perder muitas chances e segurar a bola exageradamente em vários momentos, cresceu muito com a chegada de Jorge Jesus. Joga mais para o coletivo. E o time ganha com isso!

O Flamengo havia zerado a desvantagem dos primeiros 90 minutos com apenas 19. A blitz rubro-negra foi bem feita, as jogadas saíam com ampla movimentação dos jogadores, de maneira organizada, e encurralaram o time equatoriano em seu campo defensivo.

O Emelec saiu pouco mais para o jogo, mas a primeira etapa terminou com o time brasileiro em vantagem e com moral para buscar o terceiro gol.

Mas no segundo tempo, o panorama iniciou-se diferente. O Fla não conseguiu imprimir velocidade nos primeiros 10 minutos, e o Emelec rondava bastante a área do time brasileiro. Everton Ribeiro, voltando de contusão, deu lugar a Arrascaeta.

                                                        Foto: Twitter do Flamengo

O time brasileiro passou, então, a equilibrar a posse e as jogadas, mas não se via a intensidade e as jogadas da primeira etapa. Na melhor chance, o zagueiro Thuler perdeu um gol feito na cara! Para ampliar o drama, Gabriel saiu contundido, e o garoto Reinier entrou em campo pela primeira vez. O Flamengo não manteve o ritmo, apesar de ter sido as principais chances. 

O Emelec passou a gostar do jogo, marcava o Fla na frente. Ao fim da partida, o time equatoriano chegou mais inteiro, mesmo sem obrigar Diego Alves a fazer alguma defesa.

O drama estava confirmado. Quinze dias depois da eliminação na Copa do Brasil, o rubro-negro estava em mais uma disputa por pênaltis. Desta vez, Arrascaeta, Bruno Henrique, Renê e Rafinha marcaram para o Flamengo.

Diego Alves, que saiu vaiado no jogo anterior pelo Brasileiro, pegou cobrança de Arroyo e mudou o ânimo no estádio. Na quarta cobrança do Emelec, Queiroz bateu na trave: Fla 4 a 2! O rubro-negro estava garantido na próxima fase. Para a alegria de um Maracanã que veio abaixo!

Após nove anos, o Flamengo retorna à fase de quartas de final da Libertadores. Consegue sua maior virada na competição. O adversário será o Internacional. Confronto brasileiro de tirar o fôlego. 

A nota triste do dia para o futebol brasileiro foi a eliminação do Athletico-PR, que foi derrotado pelo Boca Juniors ao perder por 2 a 0.

Restam Flamengo, Palmeiras e Internacional. Grêmio disputa a vaga nesta quinta (1º) contra o Libertad. Se passar, teremos um time brasileiro na final, em Santiago. 

terça-feira, 4 de junho de 2019

Em jogo movimentado, Flamengo vence de novo e elimina o Corinthians



Em um jogo bastante movimentado que angariou as duas maiores torcidas do país, o Flamengo venceu novamente o Corinthians, por 1 a 0, no Maracanã, repetindo o placar do primeiro jogo, e se classificou para as quartas de final da Copa do Brasil.

Foi uma partida eletrizante. No entanto, o primeiro tempo não confirmou o favoritismo carioca (com elenco melhor e vantagem da primeira partida), e o Timão se aproveitou, fazendo uma apresentação melhor nos 45 minutos iniciais. Marcou bem o toque de bola flamenguista e saía com mais perigo. Diego Alves falhou em saída de bola e quase tomou o gol. Ralf acertou o travessão em um chutaço de fora da área. Diego Alves salvou cobrança de falta de Claysson.

O Flamengo rendia pouco, apesar de ter iniciado bem a partida, com tentativas de infiltrações. Diego Ribas e Gabriel estavam abaixo do normal. A dupla de volantes, Piris da Mota e William Arão, ficaram bem aquém.

Até que mais para o fim, o Fla acordou. Everton Ribeiro obrigou Cássio a fazer boa defesa, e Bruno Henrique cabeceou para fora cruzamento de Gabriel. Foi um primeiro tempo bem movimentado, com lá e cá, mas com o Timão melhor em campo.

Na etapa final, o panorama mudou um pouco, e a partida ficou emocionante porque o Flamengo passou a atacar mais e melhorou em relação ao primeiro tempo. As equipes buscavam o gol e, mesmo que um grande número de chances não fosse criado, as idas ao ataque elevavam a tensão em campo e fora dele. Vagner Love, depois de bela jogada de troca de passes, chutou forte, e Diego Alves fez um milagre. Depois, foi a vez de Bruno Henrique cabecear na trave.

O jogo estava aberto, e qualquer um que balançasse as redes resolveria o placar. E o Flamengo resolveu. Após bola na área, ela sobrou para Rodrigo Caio, que chutou forte e fez o gol. O juiz assinalou a falta e anulou o tempo.

            Seguro na defesa, Rodrigo Caio marcou gol do Flamengo.  Foto: Twitter/ Flamengo 

Depois, aos 41 minutos, Everton Ribeiro, o melhor jogador da temporada rubro-negra, levantou na área, e Rodrigo Caio balançou as redes de novo, mas o bandeirinha marcou impedimento. Depois de intermináveis minutos do VAR, o gol foi confirmado. Quase no fim, Jadson ainda acertou a trave de Diego Alves.

Classificou-se quem foi melhor nos dois jogos: o Flamengo, mas a passagem foi bem valorizada pelo que o Timão jogou no Maracanã.

Ao Corinthians, fica a confiança de que pode apresentar um futebol mais ofensivo do que costuma jogar, que tem potencial, e precisa de mais coragem para ir para cima.

Ao Flamengo, a certeza que ainda joga abaixo do que pode, mas tem jogadores que podem decidir. E que Cuellar fez uma tremenda falta!

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Oitavas da Libertadores: podemos ter seis brasileiros nas quartas


A Conmebol realizou nesta segunda (22) o sorteio das oitavas de final da Copa Libertadores da América. Os 16 times já sabem o caminho até o título.

Sem sombra de dúvidas, Cruzeiro x River Plate é o confronto mais difícil e de maior peso pela camisa dos dois clubes (um tetra e outro bi da Libertadores), sendo que o time argentino é o atual campeão. No entanto, fez uma primeira fase meio irregular, com três empates. Caso elimine o River, time de Mano Menezes avança com muita moral.

O Furacão deverá ter um jogo complicado também. Afinal, o poderoso Boca, com seis canecos da competição, e decidindo em casa, não será parada fácil. Na primeira fase, os dois times souberam usar bem o fator campo para vencer seus confrontos. No “saldo” das duas partidas, deu Athletico.

Já o Internacional pegará o Nacional, time tradicional do Uruguai. Confronto equilibrado.

O Grêmio, último brasileiro a levantar a taça da Libertadores, também pegará um adversário conhecido, afinal já enfrentou o Libertad na primeira fase. O balanço do confronto: uma vitória para cada lado, com o tricolor gaúcho levando vantagem no saldo de gols.

                                                    Imagem: Twitter Conmebol 

Já Palmeiras e Flamengo pegaram os adversários mais “frágeis”, pelo menos, no palpite. Os dois times milionários, porém, têm que ficar atentos para que o favoritismo não aplique uma surpresa daquelas aos dois times. Em campo, já sabemos como as coisas podem acontecer. Libertadores não é carta marcada.

Os outros confrontos serão LDU de Quito x Olímpia e San Lorenzo x Cerro Porteño. 

No chaveamento, poderemos ter quatro brasileiros jogando entre si na quartas de final, caso se classificam: Palmeiras, Flamengo, Grêmio e Inter. Com isso, teríamos pelo um na grande decisão.

Do outro lado, Cruzeiro e Athetico são os únicos brasileiros, mas, caso os dois se classificam, já eliminam de cara da competição os poderosos River Plate e Boca Juniors.

Como não há confrontos entre times brasileiros nas oitavas, caso todos se classificam, teremos seis entre os oito nas quartas.

Os jogos acontecem após a Copa América. As cartas estão na mesa. Vamos ver quem as jogará melhor.

O Sétimo Guardião: o realismo fantástico que não teve quase nada de fantástico



Faltando cinco capítulos para o fim de O Sétimo Guardião (esse texto foi escrito na segunda-feira, dia 13), a novela das 21h da Globo vai embora sem deixar saudades. Uma trama fraca, sem empatia com o público e que gerou mais comentários por causa de situações extracampo de alguns de seus atores.
Aguinaldo Silva, autor da trama, declarou que o folhetim seria sua volta ao realismo fantástico. A expectativa era grande, afinal, quem escreveu grandes novelas da história (Roque Santeiro, Tieta, Pedra Sobre Pedra, Senhora do Destino e outras) já demonstrou sua competência para fisgar o telespectador. Mas não foi isso que aconteceu.

O problema é que O Sétimo Guardião não teve quase nada de realismo nem de fantástico. A trama central – a fonte protegida por uma irmandade em uma cidadezinha sem tecnologia alguma – se apresentou rasa, sem profundidade. Os sete guardiões – ou guardiães – não convenceram o telespectador, e isso foi primordial para a novela não decolar, já que os sete personagens não geraram empatia com o público. Gabriel (Bruno Gagliasso) foi insosso a trama inteira. Não teve química com Luz (Maria Ruy Barbosa). Assim, não houve torcida.

A principal vilã da novela, Valentina (Lília Cabral), também não gerou comoção junto às pessoas, como em outras novelas. Frases para virar memes foram o resultado. E só! Muito superficial. O que é uma pena para uma atriz do quilate de Lília.

O outro vilão da novela, Olavo, talvez tenha sido um dos personagens mais complicados que deram ao grande Tony Ramos: mal aproveitado e de desenvolvimento fraco. Uma pena! E uma novela que deixa Lília e Tony com esses personagens não poderia mesmo dar muito certo.

As tramas paralelas também se mostraram desinteressantes. Pelo menos, o seu desenvolvimento. O núcleo de Nicolau e Afrodite (Marcelo Serrado e Carolina Dieckmann) apresentou apenas um novelo de preconceitos, que, tratados de maneira convincente, poderia gerar um debate interessante. Mas não foi para esse lado.

                             Mirtes: o maior destaque de O Sétimo Guardião. Foto: Globo/ Reprodução

Apesar de ser um trama com realismo fantástico, ou seja, tudo poderia acontecer, O Sétimo Guardião não teve nem um nem outro. A direção também pecou um pouco: em várias cenas, principalmente no casarão de Egídio e Gabriel e na gruta, a escuridão pairava. Muitas vezes não dava nem para ver direito o rosto dos personagens.

Indiferença: acho que essa pode ser o resumo da novela. O resultado foi uma trama sem repercussão nas redes sociais, e no dia a dia, e sem muita audiência: até a penúltima semana, O Sétimo Guardião acumulava média geral de 29 pontos, abaixo das últimas três antecessoras, acima apenas de Babilônia, A Lei do Amor e de A Regra do Jogo e empatada com Velho Chico.

Mas nem tudo foi ruim: apesar dos pesares, a trama apresentou alguns pontos positivos. O maior deles, Mirtes. Elizabeth Savalla foi sensacional. E aqui, ponto para Aguinaldo, que percebeu o poder da personagem e investiu. Tiro certo!

Judith, vivida pela também brilhante Isabela Garcia, foi outro destaque. O crescimento ao longo da trama foi uma resposta à sua atuação. Precisamos de Isabela mais vezes na telinha.
Lourdes Maria (Bruna Linzmeyer) foi outra que aproveitou bem o papel. Giulia Gayoso, com sua maldosa Rivalda, também se destacou. Não se pode esquecer de Nany People e seu Marcos Paulo.

Agora, é esperar pela A Dona do Pedaço, do incansável Walcyr Carrasco, autor do fenômeno O Outro Lado do Paraíso. Carrasco sabe fisgar o telespectador com reviravoltas em suas novelas e, mesmo que tenha um texto muitas vezes fraco e até vulgar, suas tramas não passam despercebidas: seja na audiência ou na repercussão.

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Flamengo perde um caminhão de gols, 'pede' para ser eliminado, mas se classifica na Libertadores


O Flamengo entrou em campo contra o Peñarol precisando apenas de um empate para se classificar para as oitavas da Libertadores. A equipe de Abel Braga entrou a mil, envolvendo o adversário, tocando bem a bola, fazendo infiltrações em linha de fundo... Mas perdeu um caminhão de gols.

Gabriel, a quem chamam de Gabigol, errou pelo menos cinco chances claras incríveis. O time voltou a sofrer da síndrome do “arame liso”, que é não matar o placar com as chances que tem. O atacante rubro-negro foi o principal responsável pelo o Flamengo não fazer um gol sequer no jogo.

O primeiro tempo do Fla foi o melhor da equipe no ano até aqui. Veio o segundo tempo, e o rubro-negro seguia com volume, envolvendo o adversário, mas perdendo gols incríveis. Foram pelo menos oito chances claras, metade do Gabriel.

Mas o drama apareceu aos 20 minutos, quando Pará foi expulso. Abel Braga colocou Rodinei e tirou Bruno Henrique. Depois, sacou Arrascaeta e pôs Vitinho. Aos 32 minutos, levou Diego a campo no lugar de Gabriel. O Peñarol passou a pressionar, jogar o Fla para seu campo defesa e teve até algumas chances de levar perigo ao gol defendido por César, mas parou em sua baixa qualidade técnica.

                                      Everton Ribeiro fez grande partida contra Peñarol. Foto: Twitter Goleada Info

O rubro-negro se segurava. E teve a chance de sacramentar a classificação (mais uma vez): aos 48, Vitinho apareceu livre para matar o jogo, sozinho na cara do goleiro, perdeu mais um gol praticamente certo. Um jogo que se desenhou para ser tranquilo se tornou um drama. No fim, o empate sem gols classificou o time brasileiro.Dez pontos conquistados, ao lado da LDU, mas garantindo o primeiro lugar do grupo.

O Flamengo jogou bem, muito bem, dominou o adversário e poderia ter ganhado com facilidade, mas quase deixa a classificação escapar pelos dedos por sua displicência em perder gols. A qualidade técnica do Peñarol é bem inferior, o que foi a sorte rubro-negro. Fosse contra outro adversário um pouco melhor, a eliminação seria praticamente certa devido à displicência dos atacantes. Hoje, Abel não teve culpa hoje do 0 a 0, mas ele precisa olhar as deficiências do time, principalmente, dos atacantes, e cobrar.

Apesar disso, não pode se esquecer de destacar a atuação de Everton Ribeiro, o principal do time, Arrascaeta, Cuellar e Rodrigo Caio.

No entanto, se quiser ir mais adiante, o Flamengo tem que melhorar muito, principalmente nas suas laterais. A equipe precisa ser mais compacta. E, claro, ensinar os atacantes a querer fazer gols.


P.S: dos outros brasileiros, Palmeiras termina com melhor campanha da primeira fase, seguido de Cruzeiro. Grêmio e Athetico-PR também se classificaram. Apenas o Atlético-MG ficou na fase de grupos. Os jogos das oitavas prometem. 

O milagre veio: Flamengo consegue virada histórica e se classifica na Libertadores

O Flamengo de Jorge Jesus precisava de um milagre! E numa noite daquelas no Maracanã,a mística rubro-negra parece ter ressurgido, e o time...