quarta-feira, 29 de novembro de 2017

O dono da América. Pela terceira vez!!!

Os primeiros 45 minutos nem pareciam uma final de Libertadores da América. Quer dizer, parecia, de fora de campo. Fogos de artifício, jogadores do Lanús chegando de vans no estádio (o motorista do ônibus do time passou mal), expectativa de jogo truncado, mordido, de catimba...

Mas, dentro de campo, o Grêmio tratou logo de modificar isso. Com um primeiro tempo irretocável, o tricolor se impôs de tal maneira e liquidou a partida nos primeiros 45 minutos. E ficou com o tricampeonato da Libertadores da América. O time gaúcho se torna o maior campeão do Brasil no torneio, ao lado de Santos e São Paulo.

Com uma tranquilidade que não teve no primeiro jogo, em Porto Alegre, os comandados de Renato Gaúcho (primeiro brasileiro campeão da Liberta como jogador e técnico) não deixaram o Lanús jogar. Aliás, o time argentino nem parecia aquele da primeira etapa da semana passada. Nenhuma jogada fluída. Já as do Grêmio...

Em roubada de bola, Fernandinho engatou a quinta marcha, deixou os adversários para trás e chutou forte para fazer 1 a 0, aos 27 minutos. Aos 41, Luan driblou toda a zaga e tocou por cima do goleiro para fazer um golaço! Pronto, ao fim da primeira etapa, parecia que era o Grêmio que jogava em seus domínios.

Na segunda etapa, o Lanús veio diferente. Logo no início, teve grande chance para diminuir, mas a bola chutada por Sand foi para fora. O time brasileiro já não chegava ao ataque como antes, e a equipe argentina tentava pressionar, mas sem grande sucesso. Até que aos 27, Sand diminuiu o placar em cobrança de pênalti e colocou um pouco mais de emoção na partida. Ramiro ainda foi expulso, mas de nada adiantou. A taça mais cobiçada do continente era do time brasileiro. E com duas vitórias nas finais: 3 a 1 agregado.

                                             Foto: Twitter oficial do Grêmio/ Reprodução

Título mais que merecido, a atenção gremista agora de se volta para a disputa do Mundial de Clube, onde buscará o bicampeonato. Será bem mais difícil, é claro, afinal, o provável adversário de uma final será o todo-poderoso Real Madri de Zidane, Cristiano Ronaldo e companhia. Mas não duvidemos do Grêmio de Renato Gaúcho (que grande trabalho, hein?!!!), Luan, Geromel, Marcelo Grohe (gigante!), Ramiro, Arthur e companhia.

Valeu Grêmio, trouxe a Libertadores para o Brasil após um jejum de quatro anos (a última foi em 2013, com o Atlético-MG) e mostrou que trabalho que aproveita os talentos dos pratas da casa, esquema de jogo bem definido e ambição e garra dentro de campo dá resultados.

O Grêmio foi Tri da Libertadores. E, para completar, com um baile no jogo derradeiro contra os argentinos e em território adversário. Aí, é melhor ainda. Valeu, Grêmio!!!

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

O gol salvador

O Grêmio venceu a primeira partida da final da Copa Libertadores, por 1 a 0, contra o Lanús, em Porto Alegre. Não foi um primor de jogo, mas foi uma partida digna de final: truncada, nervosa. E o time brasileiro constrói a vantagem para o confronto derradeiro, na Argentina, na próxima semana.  Mesmo que seja uma vantagem mínima.

O primeiro tempo foi meio devagar. O tricolor gaúcho entrou nervoso, e o Lanús procurou parar a pressão gremista, tocando a bola sem pressa, voltando muitas vezes a bola para o goleiro. E assustou duas vezes. Marcelo Grohe fez duas grandes defesas na primeira etapa e mostrou, mais uma vez, o porquê da sua importância em campo. Se não fosse ele, o intervalo tricolor poderia ser pior...

Na segunda etapa, o Grêmio retornou mais ávido pelo jogo. Atacou mais. Cortez chutou forte da entrada da área e obrigou o arqueiro adversário a fazer grande defesa. O brasileiro mostrava mais vontade, porém, isso não se transformava em chances claras de gol.

Renato Gaúcho, então, fez as três substituições, e duas deles tiveram participação decisiva no gol. Aos 39 minutos, Edilson fez bom lançamento, Jael ajeitou de cabeça, e Cícero – como elemento surpresa – completou para o gol na saída do goleiro. Esses dois últimos jogadores entraram no decorrer do jogo. Além disso, houve um pênalti reclamado pelo time brasileiro que o árbitro não marcou. Se fosse assinalado, a história do próximo jogo seria outra.

                                                 Foto: Twitter oficial do Grêmio / Reprodução

A vitória é pelo placar mínimo, mas é uma vantagem. O Grêmio não poderá entrar na catimba argentina em solo estrangeiro, como aconteceu na primeira partida e, principalmente, nos últimos minutos do jogo. O Lanús já mostrou que é perigoso em casa (vide a partida da semifinal contra o River Plate).

O Grêmio mostrou mais uma vez que é copeiro. Em sua quinta final de Libertadores, o Imortal está com um pedaço da taça na mão. Se não sofrer gol, será tricampeão da Libertadores. Esse é o objetivo e, se mantiver a seriedade, ele será alcançado. O time com o futebol mais bem jogado no ano no Brasil está perto do maior título das Américas.


Vamos, Grêmio!!!! 

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

O campeão incontestável

Demorou 35 rodadas para o Corinthians confirmar o título do Campeonato Brasileiro de 2017. Sim, pois desde a metade do primeiro turno do torneio já se desenhava que a taça tinha grandes chances de ficar no Parque São Jorge. A quarta na era dos pontos corridos – o que faz o Timão o maior campeão Brasileiro nesse tipo de disputa (deixou para trás São Paulo e Cruzeiro, que têm três títulos cada um nos pontos corridos): 2005, 2011, 2015 e 2017.

A equipe paulista assumiu a liderança na quinta rodada e lá se manteve desde então. Não há como dizer, portanto, que a taça não foi merecida. Ao fim do primeiro turno, o Timão somava incríveis 47 pontos (a melhor campanha da história do Nacional com 20 clubes). Quando começou o segundo turno, o time oscilou bastante: somou 24 pontos em 16 partidas. Mas nem os altos e baixos do Corinthians tiraram o título das mãos dos paulistas.

No jogo que sacramentou a taça, vitória maiúscula sobre o Fluminense: 3 a 1. Em um primeiro tempo bem abaixo da expectativa – o Flu abriu o placar a 1 minuto de jogo, com o zagueiro Henrique –, o Timão voltou outro para a etapa final. Em três minutos, Jô marcou duas vezes e virou a partida (até o momento, artilheiro do Nacional, com 18 gols), e Jadson marcou o terceiro.

Para quem iniciou o ano como a “quarta força” do futebol paulista, 2017 não poderia terminar melhor para o Timão: campeão estadual e nacional. Título incontestável do Corinthians. A equipe de Fábio Carille – ótimo trabalho do técnico –, sem grandes investimentos como seus adversários (Palmeiras, Flamengo e Atlético-MG, por exemplo), mostrou que, quando bem treinado, o resultado aparece. Todos se ajudaram e foram ajudados. 

                                           Foto: Twitter oficial do Corinthians / Reprodução

Agora, o Brasileiro de 2017 – que, digamos, já se previa quem seria campeão já em agosto – se volta para as emoções de quem irá para a Libertadores – ainda restam pelo menos três vagas – e quem irá para a Séria B: restam três lugares.


O Brasileirão termina com o campeão incontestável. O problema é que, mesmo com possibilidade de o título sair contra o Flu (e aconteceu!), a taça do Brasileirão não foi para a Arena em Itaquera. Lamentável!!!

P.S: com o sétimo título, o Timão se torna o terceiro maior campeão do Brasileiro desde que os títulos foram unificados (1959) e o maior campeão desde 1971, com o seu primeiro título em 1990. Além disso, a equipe paulista, somando Brasileiros e Copas do Brasil, soma dez títulos nacionais, sendo a segunda com mais taças nacionais no país, atrás apenas do Palmeiras, que tem 12, e deixando para trás Santos e Flamengo, que ficaram com nove.


Parabéns ao Timão! Quem ganha o Brasileiro com três rodadas antes do fim do campeonato e dez pontos de vantagens...é mais que merecido!!!!

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Flamengo elimina o Fluminense em jogo tenso

No Fla-Flu que culminou com a classificação do Flamengo para a semifinal da Copa Sul-Americana – empate em 3 a 3 e vitória por 1 a 0 no primeiro jogo – expôs mais uma vez as fragilidades das duas equipes. O que diferenciou foi o elenco do rubro-negro que, mesmo contestado – e com razão! – tem jogadores com mais possibilidade de decisão.

Foi um jogo nervoso, com divididas bem ríspidas e provocações em campo de lado a lado. Em desvantagem, o Fluminense abriu o placar aos 2 minutos de jogo com Lucas, que ficou livre na direita, lugar onde Trauco deveria estar e não estava. Sete minutos depois, Diego, em bela cobrança de falta, empatou. A partir daí, o Flu achou dois gols de bola na área, ambos com Renato Chaves. Vizeu e Arão perderam no alto para o tricolor, e Fla tomou os gols. Aliás, bola na área do Fla é um “Deus nos acuda”.

No segundo tempo, após o Fluminense marcar o terceiro gol, o jeito era o Flamengo partir pra cima. Reinado Rueda acertou ao tirar Trauco, mal de novo, e colocar Vinícius Jr. O garoto incendiou o jogo, indo pra cima dos adversários, coisa que seus companheiros ainda não tinham feito. Iniciou a jogada do segundo gol, que teve passe de calcanhar de Everton Ribeiro (que também vinha mal até esse momento, mas melhorou muito depois disso) para Vizeu marcar.

O gol mudou a partida. O tricolor perdeu Marcos Júnior e a força do contra-ataque. Recuou demais. O Flamengo continuava em cima. Vinícius Jr. sofreu falta. Pará cobrou, e Arão se antecipou para empatar. O quarto gol no jogo de bola parada. No fim, classificação rubro-negra.

         Vinícius foi um dos destaques da partida / Foto: Twitter oficial do Flamengo/ Reprodução

O Flamengo mereceu? Sim! Mas Rueda ainda tem muito trabalho. O time não inspira muita confiança e padrão. Os laterais estão falhando muito, tanto no ataque quanto na defesa. Vinícius e Paquetá não podem ser banco, pelo menos, para mim . Pelo menos, uma coisa mudou em relação aos últimos jogos: depois de tantas críticas da torcida, os jogadores demonstram em campo uma raça e vontade que não vinham demonstrando. Hoje, foi no sufoco e na raça. Pela folha salarial e elenco que tem, ainda é pouco.


Que a classificação suada seja um divisor de águas nesse Flamengo, que acumula decepções no ano e pode amenizar com o possível título Sul-Americano. 

E o Fluminense, mesmo recuando e com muitas fragilidades, sai de cabeça erguida para lutar contra o rebaixamento no Brasileirão. Se jogar igual hoje, não terá problema ao fim do campeonato.

O milagre veio: Flamengo consegue virada histórica e se classifica na Libertadores

O Flamengo de Jorge Jesus precisava de um milagre! E numa noite daquelas no Maracanã,a mística rubro-negra parece ter ressurgido, e o time...