Os primeiros 45 minutos nem pareciam uma final de
Libertadores da América. Quer dizer, parecia, de fora de campo. Fogos de
artifício, jogadores do Lanús chegando de vans no estádio (o motorista do
ônibus do time passou mal), expectativa de jogo truncado, mordido, de
catimba...
Mas, dentro de campo, o Grêmio tratou logo de modificar
isso. Com um primeiro tempo irretocável, o tricolor se impôs de tal maneira e liquidou a partida nos primeiros 45 minutos. E ficou com o tricampeonato da
Libertadores da América. O time gaúcho se torna o maior campeão do Brasil no
torneio, ao lado de Santos e São Paulo.
Com uma tranquilidade que não teve no primeiro jogo, em
Porto Alegre, os comandados de Renato Gaúcho (primeiro brasileiro campeão da
Liberta como jogador e técnico) não deixaram o Lanús jogar. Aliás, o time
argentino nem parecia aquele da primeira etapa da semana passada. Nenhuma
jogada fluída. Já as do Grêmio...
Em roubada de bola, Fernandinho engatou a quinta marcha,
deixou os adversários para trás e chutou forte para fazer 1 a 0, aos 27
minutos. Aos 41, Luan driblou toda a zaga e tocou por cima do goleiro para
fazer um golaço! Pronto, ao fim da primeira etapa, parecia que era o Grêmio que
jogava em seus domínios.
Na segunda etapa, o Lanús veio diferente. Logo no início,
teve grande chance para diminuir, mas a bola chutada por Sand foi para fora. O
time brasileiro já não chegava ao ataque como antes, e a equipe argentina
tentava pressionar, mas sem grande sucesso. Até que aos 27, Sand diminuiu o
placar em cobrança de pênalti e colocou um pouco mais de emoção na partida.
Ramiro ainda foi expulso, mas de nada adiantou. A taça mais cobiçada do
continente era do time brasileiro. E com duas vitórias nas finais: 3 a 1 agregado.
Foto: Twitter oficial do Grêmio/ Reprodução
Título mais que merecido, a atenção gremista agora de se
volta para a disputa do Mundial de Clube, onde buscará o bicampeonato. Será bem
mais difícil, é claro, afinal, o provável adversário de uma final será o
todo-poderoso Real Madri de Zidane, Cristiano Ronaldo e companhia. Mas não
duvidemos do Grêmio de Renato Gaúcho (que grande trabalho, hein?!!!), Luan,
Geromel, Marcelo Grohe (gigante!), Ramiro, Arthur e companhia.
Valeu Grêmio, trouxe a Libertadores para o Brasil após um
jejum de quatro anos (a última foi em 2013, com o Atlético-MG) e mostrou que
trabalho que aproveita os talentos dos pratas da casa, esquema de jogo bem
definido e ambição e garra dentro de campo dá resultados.
O Grêmio foi Tri da Libertadores. E, para completar, com um
baile no jogo derradeiro contra os argentinos e em território adversário. Aí, é
melhor ainda. Valeu, Grêmio!!!