segunda-feira, 13 de maio de 2019

Oitavas da Libertadores: podemos ter seis brasileiros nas quartas


A Conmebol realizou nesta segunda (22) o sorteio das oitavas de final da Copa Libertadores da América. Os 16 times já sabem o caminho até o título.

Sem sombra de dúvidas, Cruzeiro x River Plate é o confronto mais difícil e de maior peso pela camisa dos dois clubes (um tetra e outro bi da Libertadores), sendo que o time argentino é o atual campeão. No entanto, fez uma primeira fase meio irregular, com três empates. Caso elimine o River, time de Mano Menezes avança com muita moral.

O Furacão deverá ter um jogo complicado também. Afinal, o poderoso Boca, com seis canecos da competição, e decidindo em casa, não será parada fácil. Na primeira fase, os dois times souberam usar bem o fator campo para vencer seus confrontos. No “saldo” das duas partidas, deu Athletico.

Já o Internacional pegará o Nacional, time tradicional do Uruguai. Confronto equilibrado.

O Grêmio, último brasileiro a levantar a taça da Libertadores, também pegará um adversário conhecido, afinal já enfrentou o Libertad na primeira fase. O balanço do confronto: uma vitória para cada lado, com o tricolor gaúcho levando vantagem no saldo de gols.

                                                    Imagem: Twitter Conmebol 

Já Palmeiras e Flamengo pegaram os adversários mais “frágeis”, pelo menos, no palpite. Os dois times milionários, porém, têm que ficar atentos para que o favoritismo não aplique uma surpresa daquelas aos dois times. Em campo, já sabemos como as coisas podem acontecer. Libertadores não é carta marcada.

Os outros confrontos serão LDU de Quito x Olímpia e San Lorenzo x Cerro Porteño. 

No chaveamento, poderemos ter quatro brasileiros jogando entre si na quartas de final, caso se classificam: Palmeiras, Flamengo, Grêmio e Inter. Com isso, teríamos pelo um na grande decisão.

Do outro lado, Cruzeiro e Athetico são os únicos brasileiros, mas, caso os dois se classificam, já eliminam de cara da competição os poderosos River Plate e Boca Juniors.

Como não há confrontos entre times brasileiros nas oitavas, caso todos se classificam, teremos seis entre os oito nas quartas.

Os jogos acontecem após a Copa América. As cartas estão na mesa. Vamos ver quem as jogará melhor.

O Sétimo Guardião: o realismo fantástico que não teve quase nada de fantástico



Faltando cinco capítulos para o fim de O Sétimo Guardião (esse texto foi escrito na segunda-feira, dia 13), a novela das 21h da Globo vai embora sem deixar saudades. Uma trama fraca, sem empatia com o público e que gerou mais comentários por causa de situações extracampo de alguns de seus atores.
Aguinaldo Silva, autor da trama, declarou que o folhetim seria sua volta ao realismo fantástico. A expectativa era grande, afinal, quem escreveu grandes novelas da história (Roque Santeiro, Tieta, Pedra Sobre Pedra, Senhora do Destino e outras) já demonstrou sua competência para fisgar o telespectador. Mas não foi isso que aconteceu.

O problema é que O Sétimo Guardião não teve quase nada de realismo nem de fantástico. A trama central – a fonte protegida por uma irmandade em uma cidadezinha sem tecnologia alguma – se apresentou rasa, sem profundidade. Os sete guardiões – ou guardiães – não convenceram o telespectador, e isso foi primordial para a novela não decolar, já que os sete personagens não geraram empatia com o público. Gabriel (Bruno Gagliasso) foi insosso a trama inteira. Não teve química com Luz (Maria Ruy Barbosa). Assim, não houve torcida.

A principal vilã da novela, Valentina (Lília Cabral), também não gerou comoção junto às pessoas, como em outras novelas. Frases para virar memes foram o resultado. E só! Muito superficial. O que é uma pena para uma atriz do quilate de Lília.

O outro vilão da novela, Olavo, talvez tenha sido um dos personagens mais complicados que deram ao grande Tony Ramos: mal aproveitado e de desenvolvimento fraco. Uma pena! E uma novela que deixa Lília e Tony com esses personagens não poderia mesmo dar muito certo.

As tramas paralelas também se mostraram desinteressantes. Pelo menos, o seu desenvolvimento. O núcleo de Nicolau e Afrodite (Marcelo Serrado e Carolina Dieckmann) apresentou apenas um novelo de preconceitos, que, tratados de maneira convincente, poderia gerar um debate interessante. Mas não foi para esse lado.

                             Mirtes: o maior destaque de O Sétimo Guardião. Foto: Globo/ Reprodução

Apesar de ser um trama com realismo fantástico, ou seja, tudo poderia acontecer, O Sétimo Guardião não teve nem um nem outro. A direção também pecou um pouco: em várias cenas, principalmente no casarão de Egídio e Gabriel e na gruta, a escuridão pairava. Muitas vezes não dava nem para ver direito o rosto dos personagens.

Indiferença: acho que essa pode ser o resumo da novela. O resultado foi uma trama sem repercussão nas redes sociais, e no dia a dia, e sem muita audiência: até a penúltima semana, O Sétimo Guardião acumulava média geral de 29 pontos, abaixo das últimas três antecessoras, acima apenas de Babilônia, A Lei do Amor e de A Regra do Jogo e empatada com Velho Chico.

Mas nem tudo foi ruim: apesar dos pesares, a trama apresentou alguns pontos positivos. O maior deles, Mirtes. Elizabeth Savalla foi sensacional. E aqui, ponto para Aguinaldo, que percebeu o poder da personagem e investiu. Tiro certo!

Judith, vivida pela também brilhante Isabela Garcia, foi outro destaque. O crescimento ao longo da trama foi uma resposta à sua atuação. Precisamos de Isabela mais vezes na telinha.
Lourdes Maria (Bruna Linzmeyer) foi outra que aproveitou bem o papel. Giulia Gayoso, com sua maldosa Rivalda, também se destacou. Não se pode esquecer de Nany People e seu Marcos Paulo.

Agora, é esperar pela A Dona do Pedaço, do incansável Walcyr Carrasco, autor do fenômeno O Outro Lado do Paraíso. Carrasco sabe fisgar o telespectador com reviravoltas em suas novelas e, mesmo que tenha um texto muitas vezes fraco e até vulgar, suas tramas não passam despercebidas: seja na audiência ou na repercussão.

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Flamengo perde um caminhão de gols, 'pede' para ser eliminado, mas se classifica na Libertadores


O Flamengo entrou em campo contra o Peñarol precisando apenas de um empate para se classificar para as oitavas da Libertadores. A equipe de Abel Braga entrou a mil, envolvendo o adversário, tocando bem a bola, fazendo infiltrações em linha de fundo... Mas perdeu um caminhão de gols.

Gabriel, a quem chamam de Gabigol, errou pelo menos cinco chances claras incríveis. O time voltou a sofrer da síndrome do “arame liso”, que é não matar o placar com as chances que tem. O atacante rubro-negro foi o principal responsável pelo o Flamengo não fazer um gol sequer no jogo.

O primeiro tempo do Fla foi o melhor da equipe no ano até aqui. Veio o segundo tempo, e o rubro-negro seguia com volume, envolvendo o adversário, mas perdendo gols incríveis. Foram pelo menos oito chances claras, metade do Gabriel.

Mas o drama apareceu aos 20 minutos, quando Pará foi expulso. Abel Braga colocou Rodinei e tirou Bruno Henrique. Depois, sacou Arrascaeta e pôs Vitinho. Aos 32 minutos, levou Diego a campo no lugar de Gabriel. O Peñarol passou a pressionar, jogar o Fla para seu campo defesa e teve até algumas chances de levar perigo ao gol defendido por César, mas parou em sua baixa qualidade técnica.

                                      Everton Ribeiro fez grande partida contra Peñarol. Foto: Twitter Goleada Info

O rubro-negro se segurava. E teve a chance de sacramentar a classificação (mais uma vez): aos 48, Vitinho apareceu livre para matar o jogo, sozinho na cara do goleiro, perdeu mais um gol praticamente certo. Um jogo que se desenhou para ser tranquilo se tornou um drama. No fim, o empate sem gols classificou o time brasileiro.Dez pontos conquistados, ao lado da LDU, mas garantindo o primeiro lugar do grupo.

O Flamengo jogou bem, muito bem, dominou o adversário e poderia ter ganhado com facilidade, mas quase deixa a classificação escapar pelos dedos por sua displicência em perder gols. A qualidade técnica do Peñarol é bem inferior, o que foi a sorte rubro-negro. Fosse contra outro adversário um pouco melhor, a eliminação seria praticamente certa devido à displicência dos atacantes. Hoje, Abel não teve culpa hoje do 0 a 0, mas ele precisa olhar as deficiências do time, principalmente, dos atacantes, e cobrar.

Apesar disso, não pode se esquecer de destacar a atuação de Everton Ribeiro, o principal do time, Arrascaeta, Cuellar e Rodrigo Caio.

No entanto, se quiser ir mais adiante, o Flamengo tem que melhorar muito, principalmente nas suas laterais. A equipe precisa ser mais compacta. E, claro, ensinar os atacantes a querer fazer gols.


P.S: dos outros brasileiros, Palmeiras termina com melhor campanha da primeira fase, seguido de Cruzeiro. Grêmio e Athetico-PR também se classificaram. Apenas o Atlético-MG ficou na fase de grupos. Os jogos das oitavas prometem. 

O milagre veio: Flamengo consegue virada histórica e se classifica na Libertadores

O Flamengo de Jorge Jesus precisava de um milagre! E numa noite daquelas no Maracanã,a mística rubro-negra parece ter ressurgido, e o time...