O VAR, tão necessário no futebol para fazer justiça, foi primordial para a decidir o primeiro finalista da Libertadores. Em lance decidido pelo vídeo, o River Plate virou para cima do Grêmio, fez 2 a 1 em Porto Alegre, e vai em busca do tetracampeonato. Ao time brasileiro, ficou a decepção de que a classificação para a decisão estava desenhada, mas o rascunho deu errado, e a pintura final teve uma imagem sombria e triste para os brasileiro.
A classificação para a sexta final de
Copa Libertadores da América estava próxima para o Grêmio. Afinal, depois de
vencer o tradicional River Plate na primeira partida, por 1 a 0, na Argentina,
o time brasileiro precisava apenas de um empate para ir à decisão. Mas o
futebol tem seus dias em que o esperado é posto à prova.
Os primeiros 45 minutos do Grêmio em
Porto Alegre foram surpreendentes, mas não do lado positivo. O time argentino,
precisando da vitória, foi para cima e trocou mais passes e chegou a assustar
os brasileiros. A primeira etapa foi aquém do que os brasileiros estão acostumados a jogar, e os argentinos pressionaram. Mas, como o futebol não é ciência exata... Após contra-ataque, o time
brasileiro levantou a bola na área, a pelota desviou no
defensor argentino e sobrou para Leonardo chutar e fazer a Arena ir à loucura,
aos 38 minutos. 1 a 0 Grêmio e vantagem ampliada.
Na volta do intervalo, o Grêmio voltou melhor
e com aquele futebol que tem encantado a torcida e o país desde 2016. Renato Gaúcho corrigiu os erros, e o
time se mostrou melhor. Assim como no primeiro jogo em Bueno Aires – quando
colocou os anfitriões na roda –, o Grêmio também criou as melhores chances de
marcar. Everton Cebolinha, destaque do time no ano, entrou na partida pôs fogo no jogo. E um dos lances capitais foi com ele, que teve a
chance preciosa de ampliar o marcador e decidir a partida e a classificação.
Parou no goleiro Armani. Aquele gol faria falta.
“A bola pune”, já dizia Muricy Ramalho.
E o futebol reserva surpresas. Após Marcelo Grohe fazer boas defesas, o River se animou foi em busca do resultado que precisava. Aos 36 minutos, Borré cabeceou forte e
empatou a partida. A euforia da torcida gremista deu lugar ao nervosismo.
Afinal, mais um gol do River Plate colocava os argentinos na decisão. E
ele veio. Aos 41, o juiz Andrés Cunha consultou o VAR e marcou toque de mão do
zagueiro Bressan dentro da área. Pênalti para o River e expulsão do zagueiro brasileiro.
Depois de cerca de dez minutos de paralisação, Martínez converteu a cobrança e
pôs os visitantes na frente do placar.
Bressan não se conformou com pênalti marcado. Foto: Reprodução SporTV / Twitter Globoesporte.com
O baque foi forte. O Grêmio não
conseguiu empatar e ficou de fora da decisão. O time brasileiro, que jogou
melhor na maioria dos 180 minutos, viu a classificação escorrer pelos dedos. O
estilo copeiro gremista, que estava meio adormecido e acordou com força em
2016 conquistando a Copa do Brasil e a Libertadores, ficou na semifinal. O sonho do tetra ficou para o ano que
vem.
Agora, o Brasil, que entrou com vários times
favoritos para conquistar a América, corre o risco de não ter representante na
final. Nesta quarta (1º), o Palmeiras tem que reverter a vantagem de 2 a 0 que
o Boca Juniors conquistou na primeira partida para ir à final.
Na Libertadores das
polêmicas administrativas e de lances de arbitragem, melhor, até agora, para os
argentinos.