O placar agregado de 4 a 1 dá uma
sensação de que foi fácil. Mas não foi. O Flamengo eliminou o Junior
Barranquilla com duas vitórias (2-1 em casa e 2-0 fora), na Sul-Americana, não jogando um futebol
vistoso, mas com muita raça e, de certa maneira, eficiente.
Esse segundo jogo então, foi,
como diria Galvão, um “teste para cardíaco”. César entrou para ser titular no
lugar de Alex Muralha (ainda bem!). No primeiro tempo, o time carioca teve uma
boa jogada apenas, com Vizeu completando cruzamento e parando no goleiro. O
Junior tocava mais a bola, fazia pressão, mas de maneira meio desordenada.
César defendeu uma cobrança de falta difícil no início e já demonstrou
segurança.
Na segunda etapa, o Flamengo
voltou melhor. Apesar de os seus dois principais jogadores estarem muito, muito
abaixo do normal (Diego e Everton Ribeiro, principalmente), o time suportava. E
num lance isolado, Vizeu driblou o zagueiro, arrancou 52 metros e tocou debaixo
das pernas do goleiro para abrir o placar.
Depois disso, o Junior buscou
pressionar. Juan, um monstro na zaga, mostra-se cada vez maior na área
defensiva. O Flamengo não conseguia puxar o ataque, Diego não criava, Everton
Ribeiro perdia tudo. Sobrava para Paquetá, que correu para si e para seus dois
companheiros. Até que veio momentos de tensão. César começou a sentir câimbras.
A cada jogada, era um “deus nos acuda”.
Até que aos 42 minutos, veio a
maior tensão. Pênalti para o Júnior, em lance bem duvidoso (houve outros dois
que o juiz não marcou!). Chará, o jogador que deixava a zaga rubro-negra maluca
na marcação, bateu forte. Mas lá estava... César! Mesmo sentindo, machucado,
ele defendeu o pênalti. E ainda fez outra grande defesa no lance seguinte.
Foto: Twitter oficial do Flamengo / Reprodução
Na saída do ataque, Rodinei
recebeu de Diego, que cobrou falta rápida, e cruzou para Vizeu marcar o segundo
dele e liquidar o Flamengo. Agora, a final é contra o Independiente, da
Argentina. Os times revivem a final da Supercopa, de 1995. Lá, deu o "Rei de Copas". Agora.....
As partidas contra o Junior
mostraram um Flamengo longe do futebol primoroso, mas uma raça e vontade que
andavam sumidas da Gávea e que parece que estão retornando. É a chance de acabar com o jejum de 18 anos sem título internacional (o último, foi a Mercosul, em 1999, antecessora da Sul-Americana).
Na Colômbia, Vizeu fez o se espera de um atacante. Paquetá e Juan jogaram muito. Mas César foi fenomenal. César, César e César!!!!
P.S: Reinaldo Rueda, não demore demais para fazer as substituições. Isso quase mata a torcida!
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